Para Samuel Eto'o, treinadores negros são vistos como "seres de segunda classe"

O camaronês Samuel Eto'o é um dos jogadores mais vencedores do futebol neste século. Por passagens marcantes por grandes clubes, o atacante de 37 anos já revela o desejo de ser técnico, mas lamenta o fato de treinadores negros sofrerem discriminação por conta da cor da pele.
"Alguns jogadores negros veteranos não tiram a credencial para poder se tornar um treinador. Porém, existem muitos treinadores africanos que possuem a credencial para treinar uma equipe. Simplesmente, não existe confiança. Se desconfia [dos treinadores negros], somos vistos como seres de segunda classe", disse Eto'o em entrevista ao Canal+, da França.
O atacante que tem três Liga dos Campeões no currículo jogando por Barcelona e Inter de Milão, fora outros muitos títulos, disse também que quer ser campeão como técnico de algum time europeu. "Eu ganhei na Europa como jogador, agora tenho que ganhar na Europa como um treinador".
Hoje jogador do Qatar SC, o camaronês falou também sobre o caso de racismo que envolveu o zagueiro Kalidou Koulibaly, durante partida entre Inter e Napoli, pelo Campeonato Italiano.
"Se os jogadores negros disserem 'não jogo', muita gente vai perder dinheiro, e quando se toca na carteira de alguém... Podem ter a certeza que vão arranjar soluções", acrescentou o veterano.
Em 2018, Eto'o entrou em campo apenas nove vezes e marcou quatro gols pelo time sediado em Doha, no Catar. Em sua grande carreira, passou por Barcelona, Leganés, Espanyol, Mallorca, Inter de Milão, Chelsea, Everton, Sampdoria, Anzhi, Antalyaspor e Konyaspor. Pela seleção de Camarões, participou de duas Copas e foi medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000.
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